Apesar de ter afirmado categoricamente, em coletiva concedida após a derrota pro Racing em Avellaneda, que não teme uma demissão antes do encerramento de seu contrato no Parque São Jorge, Ramón Díaz viu seu status mudar nos corredores do Corinthians após as eliminações da equipe nas semifinais da Copa do Brasil e da Sul-Americana. De acordo com a apuração do ge.globo, a avaliação interna sobre o trabalho do experiente treinador ainda é positiva, mas já não há mais uma grande convicção de que o argentino é o nome certo para liderar a equipe em 2025.
Ainda segundo o ge, a diretoria alvinegra não considera a possibilidade de interromper o trabalho em curso neste momento, entendendo que uma demissão agora seria muito nociva para a missão que ainda resta no calendário do clube: a permanência na elite do Brasileirão. Há, no entanto, um crescente desconforto interno com a dificuldade de evolução da equipe sob comando do argentino – pesa contra ele o fato de todos os seus pedidos de reforços terem sido atendidos e, ainda assim, não houve uma melhora considerável no desempenho do Timão.
Aos olhos da alta cúpula do Corinthians, as duas classificações às fases agudas da Copa do Brasil e da Sul-Americana, de fato, não eram esperadas dentro do contexto em que o clube se encontrava – contudo, a partir do momento em que a equipe foi avançando nos torneios, criou-se uma expectativa justa nos corredores do Parque São Jorge de que ao menos uma final era possível de ser atingida, o que não se confirmou. Entre os dirigentes alvinegros, há o consenso de que o time, sob comando de Ramón Díaz, poderia e deveria ter peformado melhor contra Flamengo e Racing na Neo Química.
Vinculado ao clube até dezembro de 2025, Ramón Díaz vem perdendo, de forma exponencial, o apoio das arquibancadas. Nas redes sociais, nota-se um grande descontentamento da Fiel sobre a gestão de elenco e leitura de jogo do comandante argentino – suas substituições no decorrer das partidas têm sido alvo de fortes críticas. Essa crescente pressão externa também colabora para a perda de prestígio interno do treinador.
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